1º de Dezembro — Dia Mundial de Luta contra a AIDS

Em 1987, com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), a Assembléia Mundial de Saúde decidiu transformar 1º de dezembro no Dia Mundial de Luta contra a AIDS.

1º de Dezembro é um dia dedicado à reflexão sobre as medidas preventivas e a necessidade da sociedade se conscientizar em ser mais solidária com os portadores do vírus HIV.Desde então, todo ano, a Organização Mundial de Saúde (OMS) escolhe o grupo social que registra o maior número de casos de HIV/AIDS e define estratégias para uma campanha de sensibilização da opinião pública.

É um dia dedicado à reflexão sobre as medidas preventivas e a necessidade da sociedade se conscientizar em ser mais solidária com os portadores do vírus HIV.

No Brasil, a homenagem vigora desde 1988 a partir de uma portaria assinada pelo Ministro da Saúde que, seguindo o exemplo da OMS, elabora uma campanha a cada ano para alertar a população sobre os avanços da doença. O governo oferece ainda exame para constatar a doença, através dos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), que dão todo o apoio para os infectados, além de tratamento gratuito.

O que é a AIDS?
A AIDS, uma abreviação em inglês da Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, é uma manifestação clínica avançada da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV-1 e HIV-2).

O vírus HIV é o causador da AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Humana) e foi descoberto em 1979, pelo Instituto Pasteur, na França. Normalmente, as pessoas que adquirem o vírus HIV (vírus humano da imunodeficiência) desenvolvem várias doenças, pois o mesmo destrói os glóbulos brancos, conhecidos como linfócitos T-CD4, que dá imunidade ao organismo, enfraquecendo o meio de defesa natural.

Com a destruição dos mesmos, o corpo fica abatido, sujeito a adquirir doenças oportunistas, como: pneumonias, infecções, herpes, diarréias e alguns tipos de câncer. Na fase mais avançada da doença, podem aparecer doenças mais graves, como tuberculose, meningite, dentre outras.

Transmissão
Um dos grandes facilitadores da contaminação é que os sintomas da doença podem demorar a aparecer e a pessoa contaminada com o vírus HIV pode transmitir o mesmo através de relações sexuais ou de formas mais simples, quando o seu sangue entra em contato com o sangue de uma pessoa saudável.

Em que situações se pode pegar AIDS?
- Nas relações sexuais homo ou heterossexuais com penetração vaginal, oral ou anal, sem proteção da camisinha, quando um dos parceiros está contaminado, não só pode transmitir Aids, como também outras doenças sexualmente transmissíveis e alguns tipos de hepatite.

- Nas transfusões de sangue contaminado.

- Nas práticas de compartilhar agulhas e seringas, especialmente no uso de drogas injetáveis, quando um dos usuários estiver contaminado.

- Materiais de acupuntura, tatuagens e outros objetos perfurantes e cortantes, não esterilizados.

- Da mãe infectada para o filho durante a gravidez, parto e amamentação.

Onde não há risco de se pegar AIDS?
O preconceito faz com que as pessoas acreditem que possam ser contaminadas por outras formas. Isso não é verdade! O vírus HIV não é transmitido, seja ele ou não soropositivo: 

1º de Dezembro é um dia dedicado à reflexão sobre as medidas preventivas e a necessidade da sociedade se conscientizar em ser mais solidária com os portadores do vírus HIV.-  Nas relações sexuais com o uso de preservativos (camisinhas).

-  No beijo social, abraços e apertos de mão.

-  No contato com o suor do doente.

-  No convívio familiar.

-  No local de trabalho.

-  Nos transportes coletivos.

-  Nos aparelhos sanitários, pias e piscinas.

-  No uso comum de pratos, talheres e copos.

-  Nas picadas de insetos.

-  Na doação de sangue.

Tratamento
A doença é diagnosticada por meio de um exame específico. Deve ser tratada imediatamente, pois, no estágio mais avançado, aparecem infecções graves que levam a pessoa à morte.

Apesar de ainda não existir uma vacina para a AIDS e a síndrome ainda seja considerada incurável, uma medicação chamada popularmente de "coquetel", permite que o paciente que a recebe tenha uma sobrevida maior do que aqueles que não recebem tratamento específico.  

Atualmente a terapia com os chamados “anti-retrovirais” (medicamentos que suprimem agressivamente a replicação do vírus HIV) proporciona melhoria da qualidade de vida, redução da ocorrência de infecções oportunísticas, redução da mortalidade e aumento da sobrevida dos pacientes.

No Brasil, o acesso aos serviços de saúde relacionados ao HIV (prevenção, testagem, aconselhamento e tratamento) é gratuito no país, porém o estigma ainda compromete a chegada de populações mais vulneráveis ao Sistema Único de Saúde, em especial os jovens e os idosos.

O Brasil já encontrou um modelo de tratamento para a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, que hoje é considerado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) uma referência para o mundo.

Apesar de não haver um método eficaz para a cura, a AIDS pode ser tratada com coquetéis e, quando diagnosticada precocemente, possibilita uma perspectiva mais favorável e a melhora na qualidade de vida de quem convive com o vírus.

Porque o laço vermelho como símbolo?
O laço vermelho é visto como símbolo de solidariedade e de comprometimento na luta contra a aids. O projeto do laço foi criado, em 1991, pela Visual Aids, grupo de profissionais de arte, de New York, que queriam homenagear amigos e colegas que haviam morrido ou estavam morrendo de AIDS.

1º de Dezembro é um dia dedicado à reflexão sobre as medidas preventivas e a necessidade da sociedade se conscientizar em ser mais solidária com os portadores do vírus HIV.
O laço vermelho foi escolhido por causa de sua ligação ao sangue e à idéia de paixão, afirma Frank Moore, do grupo Visual Aids, e foi inspirado no laço amarelo que honrava os soldados americanos da Guerra do Golfo.

O Visual Aids tem como objetivos conscientizar as pessoas para a transmissão do HIV/AIDS, divulgar as necessidades dos que vivem com HIV/AIDS e angariar fundos para promover a prestação de serviços e pesquisas.

Foi usado publicamente, pela primeira vez, pelo ator Jeremy Irons, na cerimônia de entrega do prêmio Tony Awards, em 1991. Ele se tornou símbolo popular entre as celebridades nas cerimônias de entrega de outros prêmios e virou moda. Por causa de sua popularidade, alguns ativistas ficaram preocupados com a possibilidade de o laço se tornar apenas um instrumento de marketing e perdesse sua força, seu significado.

Entretanto, a imagem do laço continua sendo um forte símbolo na luta contra a AIDS, reforçando a necessidade de ações e pesquisas sobre a epidemia. Hoje em dia, o espírito da solidariedade está se espalhando e vem criando mais significados para o uso do laço.

Não para a palavra Aidético
É sempre importante reforçar essa informação. Sendo a aids uma sigla de língua inglesa (Acquired Immune Dificiency Syndrome) não justifica a derivação em palavra de língua portuguesa. É preciso entender também que a AIDS não é uma doença, mas sim uma síndrome (conjunto de sinais e sintomas). Além disso, o termo adota a intenção subjetiva de estigmatizar as pessoas que vivem com HIV, o vírus da AIDS, tornando-as sinônimas da doença.

Dizer que alguém é aidético significa dizer que essa pessoa é a própria doença, que tem uma nova identidade relacionada ao HIV. Destitui-se o cidadão de seus direitos individuais, passando a ser visto como uma pessoa com a morte anunciada. Também é necessário diferençar as etapas da evolução da imunodeficiência.

Os portadores do vírus da AIDS só desenvolvem a doença quando seus organismos não conseguem mais se defender das doenças oportunistas, ocasionadas pela baixa imunidade (poucos linfócitos T4).

Os termos corretos que deverão ser utilizados, caso seja possível, são: soropositivos para o HIV ou portadores do HIV (tanto para quem tem o vírus como para quem está doente) ou doente de aids (somente para quem já está desenvolvendo doenças oportunistas relacionadas à aids).

Pode-se dizer que o acesso à informação é essencial para acabar com preconceitos. Assim, O Dia Mundial de Luta contra a AIDS é uma mobilização internacional com programações especiais, que tem como objetivo sensibilizar as pessoas a acabar com o preconceito, a incentivar as medidas preventivas, a incentivar as ações e pesquisas sobre a os portadores do vírus HIV, tornando essa luta um hábito diário da sociedade mundial.


1º de Dezembro é um dia dedicado à reflexão sobre as medidas preventivas e a necessidade da sociedade se conscientizar em ser mais solidária com os portadores do vírus HIV.


Fonte:
- www.aids.gov.br/
- www.quiosqueazul.com.br
- www.sescsp.org.br/online
- ividanova.org.br/

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