Mulher — Eterna lutadora em busca de seu espaço.

Hoje, encontramos mulheres ocupando espaços na política, na justiça, no esporte, no militarismo, enfim, espaços antes ocupados somente por homens e, com uma capacidade e eficiência ainda maior do que a masculina.

É claro, que para garantir estes espaços, houve muitas lutas sociais que culminaram com as conquistas femininas e sabemos que muitas mulheres deram suas vidas para que a mulher atual pudesse desfrutar do espaço conquistado.

No século XIX, a mulher tinha o papel de submissa, de obediente e serva e, as que ousaram romper com este papel, enfrentaram os tabus para romper preconceitos e lutar por sua liberdade pessoal.

A literatura mundial e, especificamente, a brasileira, através de autores literários como José de Alencar e Jorge Amado, procuraram desmistificar o papel que a mulher sempre teve na sociedade: um papel de submissão e de inferioridade em relação ao homem.

A trajetória, os avanços e retrocessos da mulher no decorrer dos séculos XIX e XX foi analisada por Alencar através de “Senhora” e “Lucíola” que retratam a realidade feminina vivida no século XIX .

Alencar enfoca dois universos totalmente adversos: a mulher romântica, feminina, mas com a capacidade de quebrar tabus e romper padrões épicos e elitizados e, que sofre as conseqüências dos atos praticados, dando oportunidade a outras mulheres de focarem a feminilidade de cada uma, com o respeito que todas as mulheres merecem.


Há ainda a mulher que continua submissa ao homem: Pai, irmão, esposo,ela não se indispõe, obedece, respeita e age vivendo em função do homem, ele é quem determina tudo, não importando quem é e, o que é a mulher.


Jorge Amado, em seus romances “Tieta do agreste” e “Tereza Batista cansada de guerra”, trouxe a mulher do século XX, à frente de sua época — a mulher que é capaz de lutar para alcançar a tão esperada realização pessoal e profissional.

Nos romances de Amado, encontramos um universo feminino polêmico e moderno, pois traz uma “Tereza Batista Cansada de Guerra”, forte, sensual, complexa, que chocou a sociedade e rebelou-se contra as convenções sociais impostas, usando o poder de sedução e a sensualidade para marcar presença na sociedade, com isso afirmando a força da mulher e respondendo ao mundo que a oprimia.

Já em “Tieta do Agreste”, Amado apresentou uma mulher à frente do seu tempo, sem medo da sociedade e disposta a se impor em toda sua essência, chocando a sociedade preconceituosa e trazendo as verdades de uma mulher humilhada e vencedora, com a capacidade de amar. Tieta é “avançada” para sua época e para a cidade em que vivia. Uma mulher capaz de pagar na mesma moeda todas as crueldades a que fora submetida pela família.

Estes romances têm aspectos comuns e contraditórios e enfocam mulheres encarando a vida de diferentes modos e, que muito embora, tenham chegado ao fundo do poço em decorrência de seus relacionamentos, voltam a encontrar na figura masculina um norte e a segurança de que precisam para se reerguerem e se firmarem como mulheres.

Além de questões que discutem o papel da mulher na sociedade, encantos e desencantos amorosos; experiências sexuais mal sucedidas, as protagonistas foram porta-vozes de questões político-sociais, através de uma linguagem que ora ironizava, ora denunciava situações que mostravam a verdadeira face de uma sociedade corrompida.

Infelizmente, em pleno século XXI, ainda encontramos alguns países nos quais as mulheres ainda agem com submissão total, serviniência, obediência e suas atitudes nos remotam às mulheres do século XIX, isto porque, o meio em que vivem, as condições sociais e a vida que tem, não lhes permitem serem diferentes do que são, em função do todo que as envolve.

Poder-se-ia dizer que a mulher atual é uma eterna lutadora em busca de seu espaço e, a cada dia, ultrapassa os limites que lhe foram impostos pela sociedade.
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Hoje, mais do que uma simples mulher, muito mais evoluída, decidida, batalhadora, é capaz de enfrentar a tudo e a todos pelos seus sonhos e ideais e, também, pode ser submissa ou não, dependo da situação em que se encontre — sem deixar de ser mãe, esposa, companheira, amante, filha, irmã, amiga, feminina, sedutora e misteriosa — e muitas vezes, se necessário, é provedora do sustento familiar.

São estas mulheres que muitas vezes os filhos reclamam que não vão mais buscá-los na escola; os maridos jantam o almoço congelado aquecido no microondas; as mães reclamam que não aparecem há dias e que seus pais estão com saudades — nunca são elas quem estão; não sabem a quanto tempo estão adiando a visita ao dentista, ao ginecologista, ao dermatologista e aos demais "istas" que a medicina inventou; nunca conseguem manter o exercício físico constante e, a faculdade, pós graduação ou MBA sempre são levados da maneira que dá, isto é, quando dá; enfim, são estas mulheres que se desdobram diariamente para contribuírem de maneira valiosa no desenvolvimento social e para a melhoria de uma nação.

São estas mulheres, eternas lutadoras, que ainda encontram tempo para se valorizarem e se emocionarem com as simples coisas da vida ou com uma simples atitude, tão rara nos homens de hoje, como o abrir a porta do carro; um bilhetinho e/ou e-mail romântico; um simples botão de rosa, ouvir e cantarolar juntos uma melodia — sem medo de ser piegas, um beijo roubado, sussurar a palavrinha mágica te amo e etc., que faz com digamos que elas são um exemplo perfeito de determinação e sucesso.



E como diz Rita Lee: Sexo frágil não foge à luta ... Gata borralheira... Você é princesa ... Dondoca é uma espécie em extinção... Não provoque! É Cor de Rosa Choque... 


 
 
Nossa homenagem a todas as Mulheres

A mulher que sabe amar é mestra do homem.
Jamais governanta.

A mulher que sabe amar não irrompe nem interrompe.
Chega suave.

A mulher que sabe amar conhece a sua superioridade
e os limites desta.

A mulher que sabe amar sabe ser mãe
e ser um furor na cama.

A mulher que sabe amar jamais se deixa subjugar.
Nem subjuga.

A mulher que sabe amar sabe que não basta ter razão.
Precisa saber ter razão.

A mulher que sabe amar é o ser mais elevado
que há na terra.

A mulher que sabe amar cala quando sabe não ser
compreendida e fala na hora certa.

A mulher que sabe amar jamais diz: eu não
falei que não ia dar certo.

A mulher que sabe amar compreende os filhos e sem
pretender ensina amor ao marido.

A mulher que sabe amar por ser superior não
 se preocupa em mandar.

A mulher que sabe amar não sabe obedecer cegamente:
ou compartilha ou se separa.

A mulher que sabe amar sabe tanto de moda
quanto de arte.

A mulher que sabe amar educa sem reprimir
e orienta sem impor.

A mulher que sabe amar fala baixo, não usa perfumes
exagerados e ama a alma.

A mulher que sabe amar conversa com Deus
e partilha com a família,

A mulher que sabe amar sente sua máxima realização
quando amamenta.

A mulher que sabe amar tem orgasmo,
é abençoada pela bondade.

A mulher que sabe amar não faz alarde de sua
superioridade sobre o homem.

A mulher que sabe amar é a responsável pela sobrevivência
da espécie humana.

A mulher que sabe amar jamais ouvirá de seu marido a frase:
Eu não tenho opiniões: tenho esposa....
By Artur da Távola


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